Criar depoimento
Talvez as conversas já não sejam mais como antes, talvez nós, a partir de agora, sempre teremos momentos: momentos de não nos falarmos, momentos de apenas dizermos oi, momentos de voltarmos a ser GG e PQ, ou tia Bú e sobrinha. O tempo passa, a gente cresce, fica mais velha, passa por dificuldades, mudamos os pensamentos, adquirimos experiência, temos maturidade... mas os princípios sempre são os mesmos. Pode não ser mais como era antes, mas sempre haverão momentos, datas, em que me lembrarei de você mais do que qualquer época, mais do que qualquer pessoa. E é sempre quando chega o fim do ano que isso vem mais forte do que nunca. Eu não sei se é por ser aniversário da minha pequena, por ser aniversário de dyp, por ser perto do natal ou do ano novo, ou se não é por nada disso. Eu sei que você fica em meus pensamentos todos os dias de dezembro. Talvez porque você sempre me lembra como é bom o natal e como é bom fazer planos para o próximo ano. Ou talvez porque você é parte importante em tudo que sou hoje, no que me tornei. Como eu disse: eu não sei. Mas o fim de ano está aí, cada dia nos aproximamos mais, cada dia o ano que vem fica mais perto. Eu sei que ainda faltam dez dias para o natal e mais 15 para o ano novo, mas estou aqui para fazer a você todos os meus votos. Eu não sei o que desejar de ano novo, de natal, além de serem prósperos e melhores, você sabe que não são minhas datas preferidas, e acho que nunca serão. Talvez seja forte eu falar nunca, mas com o tempo a gente começa a descrer. Sei que isso é errado, que ainda mais eu falar uma coisa dessa depois de tudo que aprendemos ao longo desses seis anos, mas há momentos que a descrença se torna mais forte, e o acreditar e a fé parecem coisas longínquas de se alcançar. Li uma cartinha para o Papai Noel hoje que, talvez, tenha me feito ver por que eu não gosto dessas datas. Elas se resumem em compras, em consumismo, em capitalismo. Sim, confesso que gosto de ganhar presentes, mas a vida é muito mais que isso. O material é supérfluo em contraste ao quanto de coisa podemos dar e receber. Então eu vi que tudo que eu sempre senti falta, e que percebi apenas uma vez e quase já me esquecia, é a falta de fé. Seja nas pessoas, em dias melhores, em poderes divinos, ou o que quer que seja. Fé. Era o que uma criança pedia ao Papai Noel e eu faço dela as minhas palavras, a minha carta ao bom velhinho. Então, quero pedir para você, não fé porque sei que a tem, mas fé para as pessoas a sua volta, fé naquilo que acredita e naqueles que talvez tenham se esquecido que acreditam em você. Não peço nada para mim, hoje não, talvez amanhã, quem sabe. Sei que é difícil, as pessoas quase já não sabem o que é fé, mas sempre haverá uma chama acesa, uma luz de alguém, uma vela cheia de pedidos. E são nessas que devemos nos apoiar. E eu me apóio em você. Hoje, talvez, eu posso ter apenas os dizeres do passado, os conselhos, os encorajamentos, os sorrisos e os abraços não dados. Mas eles ficam em minha lembrança e, mesmo que hoje eu só tenha os do passado, não me importa, eles me valem pela vida toda. Então te agradeço, depois de desejar tudo isso, pela fé depositada em mim. Pois quando eu mais precisei, você foi uma das poucas que ainda acreditou que eu podia. E digo que não importa quanto tempo passe, eu sempre acreditarei em você. Não sei explicar por que, como se faz essa ligação, mas você é especial para mim e sempre será. Hoje, à 10 dias do natal, eu desejo que o bom velhinho desça pela chaminé da sua casa e coloque sentimentos e crenças em suas meias penduradas na lareira. Feliz Natal e Feliz Ano Novo, que nessas entrelinhas estejam tudo.
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