quinta-feira, 7 de maio de 2009

everyday I'm trying to survive

Ela olhou para um lado, olhou para o outro e viu que era o momento, ela tinha que chegar até ele, ela tinha que dar seus primeiros passos sozinha. Então ela levantou, tirando forças de onde podia e se manteve firme, se manteve em pé para quem quisesse ver. Deu seu primeiro passo e, assim, lentamente, foi dando outro e mais outro, até que mantivesse um ritmo constante, mesmo que devagar. Ela esticou as mãos para alcançá-lo, mas ele parecia ficar cada vez mais longe, por mais que ela tentasse correr, a distância aos poucos ia se aumentando, então ela teve medo, ela teve medo de não conseguir alcançá-lo. Chamou, gritou, suplicou, mas nada parecia fazê-lo se aproximar. Sentou no chão e só pode chorar, os soluços vinham à garganta e, por mais que quisesse contê-los, ela não conseguia. Viu que outros iguais caminhavam com segurança, corriam sem perder o equilíbrio, podiam até mesmo dançar, e isso tudo sozinhos. Ela sentiu medo outra vez, ela temeu não conseguir, e então gritou uma vez mais, mas a cada instante ele parecia mais longe. Ela se perguntou quanto mais, ela se perguntou se a distância não se acabaria, se o perderia de vez. Então fechou os olhos, ela não queria saber a resposta.

5 comentários:

  1. se sentiu por causa de quê? ta, pensei aqui e a única coisa que me veio à cabeça que você não consegue alcançar é o Poncho. foi isso? e o sou eu que eu falei por SB era pra ter falado aqui, respondi no lugar errado;D

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  2. por que de certa forma? o que mais tem?

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  3. não tem mais nada.. é que o sentimento do texto não é muito parecido com o meu pro Poncho..


    e agora entendi tudo quando você me falou do que se trata.. reli com outros olhos, e me emocionei bastante :/

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